segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Outro Lado Dela

Subjetivando a falta, digo: sentir saudade implica em distorcer a realidade.

Imploro por mais uma dose ou qualquer outra coisa análoga que amenize a pseudo-dor provocada pela ausência - e quando atinjo o julgado inatingível e concretizo o que antes me parecia utópico, pasme: senti saudade do que inventei. Não do que foi - se é que foi.

Concluo, um pouco assustada, que embora doa e nos dê vezenquando uma alfinetada no peito, ela é bonita. Embeleza os fatos - arrancando deles essa coisa dura de realidade, de fato propriamente dito. Sintamos saudades, amor - e só assim poderemos inventar sentimentos que sequer existiram.

2 comentários:

flor disse...

"senti saudade do que inventei. Não do que foi - se é que foi."

sempre nos surpreendemos, não é?

Joy disse...

pode até parecer meio teen mas é bom saber que não sou a unica no mundo com esses devaneios.voce escreve muito bem garota. ;)
gostei bastante daqui