sábado, 20 de fevereiro de 2010

Todo carnaval tem seu fim

Definições eram inexistentes e explicações tampouco pairavam ao meu redor: alguma coisa prendera minha atenção naquele sábado de folia.

Os olhos verdes se congelaram na minha mente e eu permaneci convicta que assim seria apenas por uma noite. Era um fato recente, afinal. E, além disso, o álcool nem fora ingerido o suficiente dessa vez para que os acontecimentos se tornassem apenas flashes no dia seguinte. Cada detalhe eu tinha em mente, aliás. Nada de anormal, portanto. Logo eu haveria de beijar outros lábios e fitar outros olhos. E como consequência, o verde dos seus iriam se dissolver aos céus de Carnaval espalhados por aí em fragmentos. Você não passaria de qualquer substantivo que lembrasse algo efêmero.

Estranho: já se passaram alguns longos dias e os olhos verdes cintilantes sequer insinuaram algum movimento de fuga da minha memória. Eles brilham mais que antes, inclusive. Sinto nossos dedos ainda entrelaçados. Seu gosto nem a ousadia teve de se desfazer e até mesmo o seu cheiro permanece em mim.

É... Lá vem você querendo se encaixar na minha vida feito nossos corpos em meados de Fevereiro.

Nem todo carnaval tem seu fim...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

De volta ao cotidiano

Hoje a aula a saturava; O relógio quase que paralisado e seus olhos abertos insistindo por algum descanso simbolizavam o tédio daquela manhã de terça-feira.
A rotina havia voltado. Dessa vez trazia consigo mais algumas obrigações que de tão cansativas se tornavam cada vez mais obrigações. Nada de muito novo ou tão surpreendente, a não ser pelos seus (tão seus) pedacinhos de mel que, por acaso ou o que quer que seja, fizera questão de se ajustar ao meu cotidiano. E assim sendo, tive de acelerar meus ponteiros para que os seus passassem quase que despercebidos. Mantive esse ritmo por algum tempo e só o que tive como resposta foi um grande equívoco achando que algo tinha mesmo mudado ou algum resultado tenha sido atingido. Porém, depois de alguns poucos longos dois meses, tive de ajustá-los novamente a vida real. Sim, vida real na qual os nossos ponteiros se coincidem com certa frequência e assim permanecem por uma fração de segundos - por mim sentidos como uma eternidade - e prosseguem para cumprir com os demais deveres.
Substitua os relógios por corações e os ponteiros por batimentos cardíacos.

Talvez seja mesmo assim...
Qualquer coisa como lugares iguais e sentidos opostos.