terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Just a little bit...

E que a verdade seja dita!

Assim comecemos...

Já poderia, logo de cara, ter aberto um parênteses dizendo que a "verdade" supracitada muitas vezes fora escondida por você. Mas, bem... Isso, hoje, não vem ao caso. Deixe-me começar antes que meus pensamentos me levem a outro rumo. Hoje eu quero (te) dizer sobre os meus reais desejos. Pra ser sincera, você tomou conhecimento apenas de parte deles - embora eu sempre os tenha deixado, eu diria, inteiramente "alcançáveis" ao lhe sorrir. Hoje, por exemplo, eu não daria apenas um beijo na bochecha e um bom dia seco e apressado para não deixar que você perceba o quão ofegante minha respiração se torna ao me aproximar. Eu também não sairia andando, fingindo certa naturalidade, como se aquele tivesse sido um bom dia como qualquer outro. Permita-me um breve intervalo, aliás: Não, não foi. Nunca é um "qualquer outro", na verdade. És a única quem eu reparo, numa fração de segundos, coisas supérfluas e quase que imperceptíveis, como a franja mais inclinada pra direita do que partida igualmente como de costume, o blush levemente mais intenso, os cabelos menos ondulados, a orelha alargada ainda com o canudinho, o mesmo perfume de ontem e diferente de semana passada, a boca mais viva por efeito do gloss predileto de maçã de verde...Me rodeio incansavelmente por entre esses pequenos e fúteis detalhes uma vez que as tentativas de decifrar-lhe os olhos sejam sempre inúteis e limitadas pelo contorno reforçado do lápis, fazendo com que eles, os meus olhinhos-de-mel, se tornem simultaneamente mais ameaçadores e intrigantes, mas também com um maior número de barreiras causando mais dificiculdade de penetrá-los e confundindo o que realmente tinha a (me) transmitir.
Bem... Voltando ao assunto: Eu não apenas beijaria-lhe a face e nem trocaria contigo algumas palavras, não. Eu ignoraria a sua presença e jogaria a culpa das pernas bambas e do coração acelerado na prova de matemática do quarto horário que o sinal me lembrara a tempo, antes que eu pudesse reparar também que hoje o fichário não fora levado na mão esquerda como normalmente é. Teria eu outro motivo, afinal, senão esse?

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse texto é simplesmente perfeito, eu não mudaria nada. Sou sua fã, haha :*

Anônimo disse...

Esse texto é simplesmente perfeito, eu não mudaria nada. Sou sua fã, haha :*