quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ponha uma margarida na sua fossa


É difícil passar pro papel o que tá no coração. Tenho tentado. Hard.

Mas se queres que lhe adianto, digo: é bom, bom mesmo. Coisas gostosas de serem sentidas - só não sei se a realidade permitiria. Acho que é aí que eu travo, sabe? Bem quando me dou conta que talvez não sejam coisas que se sintam de fato - sentimentos. Fica um pouco feio dizer assim. Digo, podem ser flores pra enfeitar o jardim morto. Quase como se colocássemos um girassol - desses bem amarelos - no meio de uma grama não aparada, sem vida, quase cinza. Como se no meio de qualquer pesadelo esse pontinho amarelo chegasse como uma possibilidade de esperança - ou alguma coisa tão bonita quanto essa palavra, esperança.

Deve ser assim que eu te vejo. Um eufemismo no meio de tanta verdade. A utopia alcançável no meio do impossível - bem contraditório assim mesmo. Meu girassol. Sim, quero que sejas meu girassol - e não é preciso que digas sim ou não, você simplesmente é. Eu te inventei e te acredito assim, então serás enquanto eu quiser. Sempre, quero dizer - desacreditar é coisa que não se faz. Não faço. Não façamos.

Ah, e uma pergunta - essa flor, essa doçura no meio da amargura feito algodões nascendo entre cascalhos - que nome a gente dá pra isso, baby? Não imagino. E tu?

Enquanto isso torço para que nasçam muitos outros girassóis. Que possamos sê-los também.

2 comentários:

flor disse...

Você é foda.
sem mais.

Camila C Valadares disse...

Tenho dificuldade de colocar em palavras o que se passa no meu coração. Nunca parece ser o que é!